BEBÊS ENTENDEM LIMITES?
Veronica Nascimento - CRP:06/129212
São muitas as questões envolvidas em
relação aos limites para as crianças muito pequenas. Sejam pais, responsáveis
ou professores, é comum ouvir queixas referentes a esse assunto: "meu
filho não obedece"; "ela fica me provocando"; "sei que
entende, mas finge que não", frases como essas são comuns no cotidiano
escolar ou clínico.
É delicado distinguir exatamente o
que um bebê entende, já que o desenvolvimento não é algo linear e padronizado
para todos, dependendo de fatores biológicos e do contexto no qual a criança
está inserida.
Considera-se que por volta dos dois
anos a criança começa a entender o “não”, no entanto, não é possível determinar
exatamente quando ocorre essa compreensão, já que é um processo gradual.
É importante lembrar que a criança
precisa aprender a conviver e viver em sociedade e, desde bebê, aprende a todo
momento. Cada palavra, gesto e atitude são percebidos pela criança e,
progressivamente, a mesma se desenvolve, sendo assim, um bebê pode ouvir a
palavra "não", acompanhada pela mudança na tonalidade de voz e
expressão facial do adulto. É recomendável oferecer algum outro estímulo para a
criança, já que nessa faixa etária é comum a repetição de atitudes consideradas
inapropriadas (como colocar o dedo na tomada, por exemplo).
E o que é ser coerente? É inadequado
ameaçar ou ser agressivo para lidar com a criança, já que a mesma aprende
também com o modelo, e essa seria aparentemente a forma "correta"
para lidar com problemas. Ser coerente significa manter o que é falado em
relação às consequências daquela ação (ex.: se você derrubar, irá pegar) e não
agir conforme o humor daquele momento.
Não podemos esquecer que a criança
vive um intenso processo de aprendizagem e precisamos lidar com paciência,
empatia e coerência para atuar a favor de um desenvolvimento sadio.
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